Instituto DEFESA
  • Início
  • O Instituto Defesa
    • Quem somos
    • Transparência
    • Ajude-nos
    • Informações sobre privacidade
    • Termos de uso
  • Informações
    • Dúvidas frequentes
    • Glossário
    • PL 3.722/2012
    • Outros Projetos de lei
    • Legislação vigente
    • Políticos
      • A nosso favor
      • Contra nós
    • Como comprar armas
      • Como comprar uma arma legalmente
      • Lista dos despachantes de armamento
      • Instrutores de armamento e tiro credenciados pela Polícia Federal
      • Psicólogos credenciados pela Polícia Federal
      • Armeiros Licenciados pela Polícia Federal
      • Onde comprar armas
    • Mitos e Verdades
    • Estatística e Ciência
    • Links
  • Nova Loja
  • Clubes de tiro
    • Região Centro-oeste
      • Distrito Federal
      • Goiás
      • Mato Grosso
      • Mato Grosso do Sul
    • Região Nordeste
      • Alagoas
      • Bahia
      • Ceará
      • Maranhão
      • Paraíba
      • Pernambuco
      • Piauí
      • Rio Grande do Norte
      • Sergipe
    • Região Norte
      • Acre
      • Amapá
      • Amazonas
      • Pará
      • Roraima
    • Região Sudeste
      • Espírito Santo
      • Minas Gerais
      • Rio de Janeiro
      • São Paulo
    • Região Sul
      • Paraná
      • Rio Grande do Sul
      • Santa Catarina
  • Blog
    • Artigos
    • Armas
    • Reação armada
    • Notícias
    • Vídeos
    • Humor
    • História
    • Eventos
    • Eu escolhi viver
  • Fórum
  • Junte-se a nós
3 de outubro de 2017

O que é o “Efeito Espectador”?

O que é o “Efeito Espectador”?
3 de outubro de 2017
Lucas Parrini
Lucas Parrini é colaborador do Instituto DEFESA e curioso em criminologia e assuntos relacionados a combate e segurança.

“Alguém tem que fazer alguma coisa!” Sim, este alguém é você.

Quanto MAIS pessoas presenciam uma atrocidade, catástrofe ou injusta violência acontecendo, como um assalto, MENOR é a solidariedade e a força de vontade para tomar uma atitude e ajudar, em agir, em proteger.

O efeito “Espectador” é oriundo do fenômeno “Difusão da Responsabilidade”, como é chamado por provedores de saúde mental e muitos autores renomados em literatura científica, sendo um deles Dave Grossman(1), no qual o comportamento das pessoas que ficam olhando algo ruim acontecer, seja de natureza criminal (como um latrocínio) ou de força maior (incêndio), como se fossem uma platéia de algo assustadoramente curioso. Os indivíduos mergulhados neste efeito encaram-se por vários momentos com aqueles olhares que nos dizem “Ninguém vai fazer nada?” ou “Alguém tem que fazer alguma coisa”, e conforme o evento “ruim” se desenvolve, essas frases não são mais ditas pela linguagem corporal, são literalmente faladas. E é exatamente este o problema: Todo mundo pensando que alguém tem que agir, ou seja, o outro tem que fazer, geralmente termina com ninguém fazendo nada. Este é o efeito espectador em ação.

Podemos chamar de heróis aqueles indivíduos que por condicionamento ou pura coragem e iniciativa, se colocam no lugar deste “alguém”, como se um desses espectadores acordasse para a realidade e pensasse: “Opa, este alguém sou eu!”. Em um momento onde se enfrenta alguma forma de perigo, este herói traz para si a responsabilidade de proteger a vida alheia, mesmo que isso signifique arriscar a sua própria. É assim que identificamos e separamos homens de meninos, mulheres de garotinhas, cidadãos de covardes, pastores de ovelhas.

Para ilustrar, se pudéssemos redigir regras para este efeito, seriam estas:

1) Todo mundo é responsável, então todo mundo tem que fazer algo. Se ninguém faz, não serei eu que farei;

2) Já existe autoridade responsável – e paga – para fazer isso. Não é meu trabalho.

3) Alguém com mais tempo, preparo e disposição com certeza ajudará.

A primeira observação e registro deste efeito foi feito por John M. Darley e Bibb Latané em 1968 depois do assassinato de Kitty Genovese (2). Os estudos feitos em laboratórios e a série de experimentos deram origem a um dos mais fortes e replicáveis efeitos em sociologia. Um dos experimentos era de uma mulher que “entrava” em uma situação de emergência e quando havia somente uma pessoa observando, as chances dessa pessoa intervir e ajudar a mulher era de 70%. Quando haviam mais de 3 pessoas, as chances caíram para 40%.

E não precisa ser cientistas como Darley e Latané, hoje em dia é possível observar este efeito acontecendo. Em nosso escopo de atuação, que é a segurança, quantos crimes podem ser observados em vídeos e pessoalmente onde pessoas em volta observam de forma estática, sem reação alguma? O exemplo recente é de um vídeo de uma câmera de segurança que está “circulando” no Whatsapp, onde uma cidadã que foi assaltada e assassinada pelo seu ex-companheiro. No desespero, voltou para sua moto, correu, voltou, etc. Várias pessoas olhando enquanto tudo acontecia até que uma viatura de algum órgão de segurança pública chegou, acredito ser de Trânsito, mas também nada fez. Ninguém fez, na verdade. Efeito espectador.

Hoje, se estudos sérios fossem feitos a respeito deste efeito em nosso cenário, com certeza o autor citaria o medo fabricado pelos simpatizantes do “Não reaja” e o medo das represálias políticas que atuam distorcendo nosso Código Penal, onde a vítima é presa ao se proteger do agressor. O bandido é protegido, a vítima é penalizada.

Então se “para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada”, serei ríspido em dizer que se dividimos responsabilidade, também dividimos a culpa. Toda vez que vemos um ato de violência injusta acontecendo e não fazemos nada, estamos fazendo parte daquilo, temos nossa parcela de culpa.

A este ponto já deve ter ficado fácil perceber que em uma situação onde é necessário determinada ferramenta para cessar ou ajudar em um perigo, não adianta iniciativa e treinamento por parte de alguém se não tiver a ferramenta ideal disponível. É o que acontece com motoristas de carros sem extintores e em caso de pane elétrica que resulta em incêndio, ficarão olhando, é o que acontece com violência onde somente o agressor está armado.

Que fique claro que minha intenção não é criar uma regra universal no qual todo indivíduo deva tomar para si a idéia de que é sua obrigação resolver os problemas do mundo, nem que você é policial, bombeiro, médico ou o Superman. Minha função é despertar sua consciência e iniciativa, para que se possível e se assim desejar, não permita que o mal triunfe.

Alguém tem que fazer alguma coisa. Este alguém é você.

1) Matar, um estudo sobre o ato de matar, seção 4.

2) https://en.wikipedia.org/wiki/Murder_of_Kitty_Genovese

 

 

Veja também:

  1. Kit Abrigo para Emergências
  2. Armatix: arma feita por idiotas, para idiotas
  3. Bill Drill
Compartilhar:
Lucas Parrini(http://www.defesa.org)
Parrini é diretor estadual do Instituto DEFESA no RJ, estudante de criminologia e segurança pública e admirador de assuntos relacionados a combate.

8 comentários

  • André Lima disse:
    4 de outubro de 2017 às 10:17

    Acredito que também haja o caso de pessoas que não se vêem preparadas para tomar uma iniciativa e acham que podem mais atrapalhar do que ajudar. Por exemplo: aquelas que, ao ver alguém engasgando no avião, pensam que deve haver um médico a bordo que possa agir melhor que elas. Ao perceberem que não há, assumem o risco de ajudar, mesmo que possa não surtir efeito ou até piorar o quadro.

    Responder
  • Rita Cássia de Moura Nunes disse:
    4 de outubro de 2017 às 14:25

    Gostaria de aprender atirar

    Responder
    • Lucas Parrini disse:
      4 de outubro de 2017 às 22:27

      Oi Rita Cássia, tudo bem?
      Só depende de você. Onde reside? Se for no RJ, deu sorte, temos muitos clubes acessíveis e encontros acontecendo. Além disso, o Instituto DEFESA promoverá futuramente um evento voltado para mulheres.
      Se for de outro estado, basta procurar um clube de tiro e entrar em contato para se informar sobre como aprender a atirar.

      Boa sorte e bons treinos!

      Responder
      • Yuri disse:
        4 de outubro de 2017 às 22:38

        Lucas, uma dúvida que não consegui sanar de forma clara e objetiva. Sou autônomo, logo sem carteira assinada. Como então adquirir uma arma, visto que não teria como comprovar ocupação?

        Responder
        • Lucas Parrini disse:
          15 de outubro de 2017 às 0:44

          Comprovar ocupação não precisa ser com CTPS. Anexe ao seu pedido todos os documentos que comprovem sua ocupação como autônomo (registros, guia de pagamento, etc.).

          Para ter idéia, “estudante” já é uma ocupação.

          Responder
  • brunoalex4 disse:
    19 de outubro de 2017 às 9:43

    É o famoso deixa que eu deixo…

    Responder
  • Jefferson Eduardo disse:
    4 de dezembro de 2017 às 15:58

    Vocês já vieram ou pretendem vir a Goiás, mais precisamente em Goiânia?

    Responder
  • Jefferson Eduardo disse:
    4 de dezembro de 2017 às 15:59

    Aguardo retorno!
    Abraços!!

    Responder
  • Deixe uma resposta Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Categorias

    • A nosso favor
    • Armas
    • Artigos
    • Caça e Pesca
    • Citações
    • Clubes de Tiro
    • Cobre de seu político
    • Contra nós
    • Decisões judiciais
    • Desmontagens
    • Destaque
    • Ebooks
    • Entrevistas
    • Equipamentos
    • Estatística e Ciência
    • Eu escolhi viver
    • Fotos de armas e munições
    • História
    • Humor
    • Imagens
    • Legislação vigente
    • Mitos e Verdades
    • News
    • Notícias
    • Outros
    • Parceiros
    • Parcerias
    • Políticos
    • Projetos de lei em tramitação
    • Reação armada
    • Sem categoria
    • Sobrevivencialismo
    • Técnica e Tática
    • Transmissões ao vivo
    • Treinamento e técnica
    • Vídeos

    Arquivos

    • fevereiro 2021
    • janeiro 2021
    • dezembro 2020
    • novembro 2020
    • outubro 2020
    • setembro 2020
    • agosto 2020
    • julho 2020
    • junho 2020
    • maio 2020
    • abril 2020
    • março 2020
    • fevereiro 2020
    • janeiro 2020
    • dezembro 2019
    • novembro 2019
    • outubro 2019
    • julho 2019
    • junho 2019
    • maio 2019
    • abril 2019
    • março 2019
    • fevereiro 2019
    • janeiro 2019
    • dezembro 2018
    • novembro 2018
    • outubro 2018
    • setembro 2018
    • agosto 2018
    • julho 2018
    • junho 2018
    • maio 2018
    • abril 2018
    • março 2018
    • fevereiro 2018
    • janeiro 2018
    • dezembro 2017
    • novembro 2017
    • outubro 2017
    • setembro 2017
    • agosto 2017
    • julho 2017
    • junho 2017
    • maio 2017
    • abril 2017
    • março 2017
    • fevereiro 2017
    • janeiro 2017
    • dezembro 2016
    • novembro 2016
    • outubro 2016
    • setembro 2016
    • agosto 2016
    • julho 2016
    • junho 2016
    • maio 2016
    • abril 2016
    • março 2016
    • fevereiro 2016
    • janeiro 2016
    • dezembro 2015
    • novembro 2015
    • outubro 2015
    • setembro 2015
    • agosto 2015
    • julho 2015
    • junho 2015
    • maio 2015
    • abril 2015
    • março 2015
    • fevereiro 2015
    • janeiro 2015
    • dezembro 2014
    • novembro 2014
    • outubro 2014
    • setembro 2014
    • agosto 2014
    • julho 2014
    • junho 2014
    • maio 2014
    • abril 2014
    • março 2014
    • fevereiro 2014
    • janeiro 2014
    • dezembro 2013
    • novembro 2013
    • outubro 2013
    • setembro 2013
    • agosto 2013
    • julho 2013
    • junho 2013
    • maio 2013
    • abril 2013
    • março 2013

    © 2012-2019
    Instituto DEFESA

    Tv José Perine, 202
    Quatro Barras/PR
    Whatsapp (41) 9637-5073
    Anexo à Academia Brasileira de Armas

    • Home
    • Associados
    • Blog
    • Fórum
    • Loja
    • Treinamento
    • Contato
    • Mapa do site