
Se você já viu uma notícia sobre “caça de baleias” certamente já se perguntou por que o termo usado é “caça” e não “pesca”. Ora, o animal é aquático, portanto, dever-se-ia dizer “pesca”. Certo?
Algo semelhante acontece com os patos. Aves que passam parte significativa da vida na água. Pesca-se patos?
Veremos a seguir.
Primeiramente é necessário fazer um breve estudo etimológico dos verbos em pauta:
O termo “pescar“, vem do latim “piscare“, que vem de “piscis“, que significa peixe.
“Caçar“, por outro lado, vem to latim “captiare“, que significa capturar.
Compreende-se portanto que o termo “pescar” aplica-se exclusivamente a peixes, ao passo que o termo “caçar”, é mais genérico, aplicando-se a quaisquer classes. Ou seja, pesca é um tipo de caça aplicada exclusivamente a peixes.

Assim, é correto o termo “caça” aplicado às baleias citado no começo do texto. Sendo as baleias mamíferos e não peixes, não há que se falar em “pesca” a baleias.

Estão errados aqueles que advogam que a diferença entre os termos está na metodologia utilizada. De acordo com esses teóricos, a caça diferenciar-se ia da pesca devido ao fato de a pesca ser feita atraindo os animais à isca com base na sua necessidade de se alimentar, ao passo que a caça consistiria em rastrear o animal.
Para quem efetivamente caça ou pesca isto não faz o menor sentido, pois é possível, por exemplo, se caçar “na espera”em barreiros ou rios, bem como é possível se fazer a pesca submarina com arpão.


A história já seria polêmica não existisse no Brasil o IBAMA. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente foi criado em 1989, com as atribuições de:
“…exercer o poder de polícia ambiental; executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle ambiental; e executar as ações supletivas de competência da União de conformidade com a legislação ambiental vigente.” (NR). Conforme Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007.”
Grosso modo, o IBAMA – ao menos em tese – é quem regula a caça no Brasil. Ele acrescenta o termo abate à mesa, diferenciando, entre outros, a pesca com a devolução do peixe à água ou a caça por meio de armadilhas que não tiram a vida do animal capturado. Utiliza também a expressão “controle de espécie invasora”, um eufemismo para caça.
Leia também:
O curioso é que o termo “caça”, parece incomodar mais os ecochatos que o termo “pesca”, o que é bastante interessante, já que a caça com arma de fogo me parece proporcionar um abate muito mais rápido se comparado à pesca com anzol.
Observa-se profunda falta de capacitação técnica, tanto teórica quanto prática, àqueles que influenciam a prática da caça ou da pesca no Brasil, desde os formadores de opinião até aqueles que têm, por força do cargo de ocupam, poder normativo, A difusão da informação de qualidade sobre o tema deve pautar as atividades dos conservacionistas e daqueles que admiram a vida ao ar livre.
Para a pesca realizada com arpão os mergulhadores utilizam muito mais o termo caça sub.Pode ser simplesmente por costume, eu nunca
tinha ouvido ou lido a expressão pesca sub até hoje.
Extremamente plausível a matéria. Conhecimento é algo que ninguém te rouba.
Artigo muito bom!
Esse lance de falar que baleia é peixe engana igual a falar que tomate é legume (é fruta!), rs!
simples, controle social.
um bobao pescando mesmo com arpao representa menos ameaca ao estado opressor do que um zequinha portando um rifle capaz de estourar o miolo da presidenta a mais de um quilometro.
tomara que o Zequinha acerte logo na primeira bala e gaste as outras em quem estiver ao lado da vaca louca….tomara mesmo…..boa mira Zequinha